Histórias sem Cabeça [2]

domingo, 1 de junho de 2008

por Orlindo Moço
"O Homem sem Pescoço".


O Final de Semana

Fui convidado pelo pessoal da banquinha de jornal para um acampamento no final de semana. Foi quando eu parei e pensei: Será que perder o Domingão do Faustão é uma boa?! Parei de pensar e fui mesmo assim.
Tinha o Renato Alface, um cara muito marrento que adora aparecer, tinha a Bernadete uma senhora de 53 anos que nunca sabe a hora de parar de falar e o Pedro, bom, eu não conhecia o Pedro até então.
Renato levou a gente em seu 4por4. Levamos tudo que era essencial para a viajem: Mp3, spray pra mau hálito, livro de auto-ajuda no caso de um incêndio, entre outras coisinhas...
Pouco antes de chegar-mos no local onde iríamos acampar, Bernadete implorou para que parássemos para um “Nº 1” bem rapidinho. Ela se emprenhou no meio do mato para que não a víssemos em suas intimidas e foi-se a mijar.
O tempo começou a se estender e começamos a ficar inquietos: Ou ela bebeu muito líquido, ou sua vontade de urinar evoluiu para um nível superior. Duas horas depois concordamos que não era normal uma caganeira tão demorada e saímos do carro.
Adentrando por entre os arbustos percebemos que Bernadete já não estava ali, mas a imposição de uma possível defecada era correta confirmada pelo estranho aroma que se exalava no local.
Bom, com Bernadete tendo desistido de acampar estranhamente, indo embora sem nos avisar, decidimos continuar mesmo assim, pois eu disse que também sabia cozinhar.


Chegamos a um local muito diversificado, tinha muito verde, muitas árvores, algumas pequenas, a maioria grande e... só. Terminamos de montar a barraca pouco antes de anoitecer quando lembramos que esquecemos da fogueira. Pedro se ofereceu para ir pegar lenha enquanto Renato e eu ensaiávamos músicas típicas de acampamentos.
Quando Pedro saiu mata adentro, Renato me disse que não sabia nenhuma música, ainda bem, porque eu tava com medo de dizer que também não sabia tocar violão! O tempo foi passando e escutamos um barulho escandalizante vindo da floresta. Era como se alguém batesse em uma pessoa com algum objeto causando muita dor e sofrimento. Repercutia muitos gritos e gemidos estranhos e apavorantes. Ainda bem que era apenas Pedro querendo nos assustar! Onde já se viu um acampamento sem estórias de terror?!
O que eu não entendi foi por que Pedro decidiu ir embora sem nem trazer a lenha, ficamos esperando por horas..
Após algumas horas de conversas astrólogas entre eu e meu amigo Renato ficamos tão cansados que nem percebemos quando caímos no sono.
No Domingo de manhã, acordei bem cedinho como de costume. Levantei, comi alguns biscoitinhos e fui acordar Renato, mas o danado não acordava nem por reza. Eita cara estranho, nunca tinha visto ninguém dormir de olho aberto antes!
Aquilo foi me enchendo a paciência que eu peguei e fui embora à pé. E adivinha?! Ainda deu pra ver o finalzinho do Faustão quando cheguei em casa.

Mas o triste dessa história é que depois desse dia eu nunca mais vi o pessoal na banquinha de jornal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seria comico se nao fosse tragico!!!
Afinal, que amigos sao esses que nem se dao o luxo de dar um telefonema depois de um fim de semana como este?

Mandaste bem! Acho q vc estah ficando sem cabeca, pra poder contar historias sem cabecas...

Unknown disse...

haiusiaushuaihsia

Copyright © 2010 Literatura Claustrofóbica | Free Blogger Templates by Splashy Templates | Layout by Atomic Website Templates