Histórias sem Cabeça

domingo, 1 de junho de 2008

por Orlindo Moço
"O Homem sem Pescoço".


O Mistério da Esposa.

Certo dia, que se não me falha a memória, um dia depois que comi empadão de palmito na casa da tia Marlene, estava eu, todo pomposo, caminhando alegremente pelas ruas de Perapitinga do Sul, essa cidade tão conhecida, quando de repente um velho conhecido me parou e me contou uma história muito interessante sobre um casal que eu nunca tinha ouvido falar e que morava na rua da barbearia do Antoin.

Cláudia era dona de casa enquanto seu marido Aroldo tinha uma lojinha de prendedores de roupas.
Todos os dias que Aroldo chegava em casa sempre se deparava com a figura de sua mulher com um sorriso esticado de uma orelha à outra e nunca entendia o motivo de sua alegria botando em consideração que viviam com tantas dificuldades e que tinham um vizinho que ganhara um cachorro que nunca parava de latir, achava um tanto estranho aquele sentimento.
Aroldo com sua tamanha indignação, achou então que sua mulher estivesse tendo um caso com o jardineiro toda as vezes em que ele ia trabalhar. Então, num certo dia, resolveu chegar mais cedo em casa e deu de encontro com a mais pura normalidade: Sua mulher feliz, ninguém por perto e a televisão ligada na rede tv.
Aroldo resolveu então vigiá-la o dia todo escondido de longe sem que ela o pudesse ver. Ela varreu a casa, limpou os móveis, fez o almoço, entregou a marmita pro menino que a levava pro marido na loja, passou roupa entre outras cousas intedianes que toda dona de casa faz e... só.
O rapaz já com os nervos à flor da pele, saiu perambulando pelas ruas até que esbarrou em uma menininha que lhe puxou a calça jeans desbotada e disse:
_Você é o Senhor Aroldo, que mora na rua de baixo?! Como você ainda tem coragem de andar por estas ruas com a sua esposa fazendo tudo aquilo que ela faz!!!
O mundo parou pra'quele pobre homem. Em questão de segundos, 3 pra falar a verdade, ele implora para que aquele pequeno ser lhe desvendasse todo aquele mistério de uma vez por todas quando, sem que ele percebesse ela tinha saído correndo. Aroldo disparou em direção à menina até que num breve instante, sente aquele objeto viscoso por de baixo de seu pé esquerdo e quebra o pescoço no meio-fio, por causa de uma insignificante casca de banana.

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