Outrora
O Pierrot se escora,
cai e levanta.
Outrora chora.
Outrora canta.
Canta o amargo sabor
de quem definha em agonia
mistura sonhos com labor
com pingos tolos de alegria
Em seu peito traz consigo
o grito ríspido de quem ama
faz da arte o seu abrigo
e a solidão a sua cama.
e o Pierrot se agiganta,
estagna e se encolhe.
Outrora planta.
Outrora colhe.
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