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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"O menino passa o filme na velocidade X16 em busca de algo que nem mesmo ele sabe o que é...”

É assim que vamos deixando pra traz toda a história. Corremos com tempo e tudo passa despercebido. Os diálogos são curtos e sem importância. As atitudes secas e sem sentido. E tudo passa tão rapidamente... O desanimo é proporcional à velocidade em que as imagens correm. Elas correm de nós enquanto fugimos de nossa própria realidade.

E depois? Chegam os créditos. Cessam as imagens, os sons, os diálogos, as músicas e os romances. Podemos, por direito, nos aventurar em novos filmes, mas cientes do tempo anteriormente desperdiçado. Desperdiçado em um filme que não sabemos dizer ao menos qual era o titulo, o elenco e sua razão, o que aprendemos e o que nos atraiu. Uma coleção de imagens distorcidas e sem validade instrutiva. Borrões inúteis em mentes ociosas, fúteis e doentes. Tudo agora é apenas um passado vazio com uma estranha sensação nostálgica daquilo que nunca aconteceu. Um filme neutro, transmitido uma única vez sem a dádiva de um replay.

"Num lampejo de consciência o menino se assusta com a situação em que ele se encontra e imediatamente PAUSA o filme.”

"Por um breve momento ele se isola em seus pensamentos mais profundos. O mundo pára e tudo o que resta agora é apenas ele e suas circunstancias. O garoto então se vê refletido num enorme espelho com os olhos fundos e a cabeça vazia, reconhece ali a situação doentia e estagnada em que se encontra. O existir é incerto e os objetivos invisíveis."

"Eis que surge em cima de sua cabeça uma pequena faísca, depois outra e mais outra e quando ele se deu conta uma enorme chama já era realidade e aumentava em uma velocidade absurda na medida em que seu coração palpitava. Ao término ele já estava no meio de um gigantesco furação de fogo oriundo de seus próprios pensamentos. O calor, cada vez mais forte, alimentava sua vontade de viver até que ele, de repente, volta a realidade.

"Com idéias na cabeça, o coração eufórico e cheio de pensamentos claustrofóbicos loucos para se libertarem de sua cabeça ele pega o controle remoto, mira lentamente para a televisão e pronto."

"Ele assiste o filme agora em Stop Motion!"

a beleza esta nos detalhes.

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