Vento

terça-feira, 21 de junho de 2011

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Vento

Sob o azul do seu lençol
Onde o mar reflete o sol
Uma estrela a anunciar
que o dia vai se acabar

No meu teto cabe o céu
e eu num barco de papel
navegando sem cessar
pouco a pouco vou me libertar

Vento.... vento leva minha voz pro sul
Vento.... vento voa vela azul.


Tem certas coisas que o tempo não destrói....

Alface

segunda-feira, 11 de abril de 2011

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A face mente

mentirosa

rosa aquém

sem sentido


A mente trava,

trava a língua

em linguajar

de jargões perdidos.


Não é leve

nem pesado

mas espreme a alma

como suco.


Suculento,

pouco veloz

não me acalma.

Me machuco.

Planetas em camadas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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" A felicidade não é deste mundo..."

Mundo de orgulho, inveja e traições? Está mais do que claro que a felicidade não está neste planeta de provas e expiações, onde o mal ainda é abundante e o bem tão tímido e oprimido. Sendo assim, podemos acreditar que em nenhum momento teremos o crédito de estarmos felizes?!

Cada um vive no mundo em que quer viver independente do planeta em que está.

Seja quebrando estereótipos e conceitos embrutecidos pela sociedade ou criando novas ideias e conclusões diferentes sobre a vida, somos capazes de recriar nosso mundo várias e várias vezes deixando de viver sempre nesse mundo pré-estabelecido.


Há quem durma o sono dos sofredores
como um livro velho perdido na estante
mas um dia acordará para um mundo de cores
onde o viver é mais interessante.

Fast Food

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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"O menino passa o filme na velocidade X16 em busca de algo que nem mesmo ele sabe o que é...”

É assim que vamos deixando pra traz toda a história. Corremos com tempo e tudo passa despercebido. Os diálogos são curtos e sem importância. As atitudes secas e sem sentido. E tudo passa tão rapidamente... O desanimo é proporcional à velocidade em que as imagens correm. Elas correm de nós enquanto fugimos de nossa própria realidade.

E depois? Chegam os créditos. Cessam as imagens, os sons, os diálogos, as músicas e os romances. Podemos, por direito, nos aventurar em novos filmes, mas cientes do tempo anteriormente desperdiçado. Desperdiçado em um filme que não sabemos dizer ao menos qual era o titulo, o elenco e sua razão, o que aprendemos e o que nos atraiu. Uma coleção de imagens distorcidas e sem validade instrutiva. Borrões inúteis em mentes ociosas, fúteis e doentes. Tudo agora é apenas um passado vazio com uma estranha sensação nostálgica daquilo que nunca aconteceu. Um filme neutro, transmitido uma única vez sem a dádiva de um replay.

"Num lampejo de consciência o menino se assusta com a situação em que ele se encontra e imediatamente PAUSA o filme.”

"Por um breve momento ele se isola em seus pensamentos mais profundos. O mundo pára e tudo o que resta agora é apenas ele e suas circunstancias. O garoto então se vê refletido num enorme espelho com os olhos fundos e a cabeça vazia, reconhece ali a situação doentia e estagnada em que se encontra. O existir é incerto e os objetivos invisíveis."

"Eis que surge em cima de sua cabeça uma pequena faísca, depois outra e mais outra e quando ele se deu conta uma enorme chama já era realidade e aumentava em uma velocidade absurda na medida em que seu coração palpitava. Ao término ele já estava no meio de um gigantesco furação de fogo oriundo de seus próprios pensamentos. O calor, cada vez mais forte, alimentava sua vontade de viver até que ele, de repente, volta a realidade.

"Com idéias na cabeça, o coração eufórico e cheio de pensamentos claustrofóbicos loucos para se libertarem de sua cabeça ele pega o controle remoto, mira lentamente para a televisão e pronto."

"Ele assiste o filme agora em Stop Motion!"

a beleza esta nos detalhes.

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